Centenas de pessoas, entre doentes, familiares, profissionais de saúde, agentes da pastoral, entidades oficiais, sacerdotes e seminaristas, participaram ontem na grande celebração do Dia diocesano do Doente, no Hospital Dr. João de Almada, presidida pelo Bispo do Funchal e com a presença especial da Imagem Peregrina.
Nos jardins, varandas e arredores desta unidade hospitalar reuniu-se uma multidão de fé, num ambiente bastante acolhedor e comovente. Rostos de todas as idades, alguns marcados pela dor e sofrimento, dirigiam-se para o andor de Nossa Senhora de Fátima com sinais de súplica e agradecimento, em oração silenciosa, olhares serenos, cheios de esperança. No altar, preparado para a missa campal, concentraram-se também os ouvidos para a escuta da Palavra pronunciada, em particular, por D. António Carrilho que deixou uma mensagem de esperança, fundamentada no Evangelho e em Maria, Mãe de Jesus.
Momentos altos foram ainda a bênção dos doentes com o Santíssimo Sacramento, o ofertório com um terço feito pelos utentes do Hospital Dr. João de Almada, a procissão à chegada da Imagem Peregrina sobre tapetes de flores, a ida para a Capela do Hospital... .
Antes da celebração, crianças das escolas e Pré-escolar do Monte, encenaram as Aparições de Fátima com muita competência. Houve largada de balões coloridos e de pombos... e o “milagre do sol” que brilhou durante toda a cerimónia, desmentindo eventuais previsões de aguaceiros fortes, como acontecera poucas horas antes em S. Martinho, aquando da saída da Imagem Peregrina para o Livramento.
Tudo estava bem preparado para qualquer eventualidade menos favorável e, no final, houve aplausos.
A animação litúrgica deste Dia diocesano do Doente esteve a cargo do Coro da Catedral (dirigido pelo Maestro Victor Costa), que interpretou o Hino da Imagem Peregrina, entre muitos outros cânticos marianos.
Pastoral da Saúde abrange todos
Na sua homilia, o Bispo do Funchal falou (entre muitos outros aspectos) do “sofrimento” que para a Igreja pressupõe “um serviço de amor”, de “caridade” a todo o tempo. Por isso, existe a “pastoral da saúde”, lembrou.
Numa mensagem escrita para este Dia do Doente, D. António Carrilho referiu que a “pastoral da saúde” não se trata de um “serviço apenas para os doentes, mas uma pastoral com os doentes. Urge que os cristãos não se fiquem pelo lamento e pela compaixão, num sentimento bondoso (...).
“Urge organizar a caridade nas comunidades cristãs, de modo que todos sejam incluídos na nossa preocupação de amar, servindo”, sublinhou. E deixou um apelo: “Existindo nesta Diocese um Secretariado para a Pastoral da Saúde, seria bom que as paróquias a ele recorressem, solicitando a ajuda necessária para a instituição de grupos e para a formação de agentes da pastoral dos doentes, no âmbito da acção social e caritativa da Igreja”, afirmou.
”Correu tudo muito bem”
No final da celebração do Dia diocesano do Doente as opiniões coincidiram num apreciação positiva: “correu tudo muito bem”, disseram à reportagem do Jornal da Madeira. O evento contou também com personalidades oficiais que destacaram a sua “excelente” realização.
O presidente do do Conselho Administrativo do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, António Almada Cardoso, disse ao JM sentir-se “muito honrado com esta escolha do Sr. Bispo para esta celebração aqui, neste Hospital a que também estou ligado por razões familiares” (é neto do saudoso médico Dr. João de Almada que dá nome àquela unidade hospitalar). “Verificámos muito entusiasmo da parte dos profissionais e utentes por esta cerimónia, este acontecimento com a Imagem Peregrina que resultou numa grade manifestação de fé”, afirmou ao JM. O Secretário Regional dos Assuntos Sociais, Francisco Jardim Ramos, e o presidente do Instituto da Administração da Saúde, Maurício Melim, também estiveram presentes.
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