sábado, 31 de outubro de 2009

TESTEMUNHO - Quando Maria chega ...


— Quando é que Maria chega?- perguntavam muitas crianças enquanto esperavam, ansiosas pela chegada da Imagem que traria consigo um bocadinho de Fátima, onde é tão forte a presença da Mãe.
As crianças estavam entusiasmadas com aquela festa. Era realmente uma festa!
— Ali está ela! Olhem para as luzinhas azuis!
Com esta certeza de que Maria estava a aproximar-se, a nossa alma encontrava finamente o seu porto e em forma de acolhimento, soltam-se com convicção aplausos de boas-vindas Àquela que tanto esperámos. Que emoção, ver a Imagem de Maria ali à nossa frente!
Aquela que seria a nossa viagem com a Mãe até à nossa Igreja Matriz tinha início, logo após a bênção do fogo e o disseminar da Luz pelas velas de crianças e adultos.
Durante o caminho todos os passos eram poucos para caminhar com Ela e com cânticos Marianos avançámos por entre balões amarelos e azuis, que se soltavam à passagem da Virgem.
A poucos metros da Igreja, um lindo tapete de pombas brancas ornamentava o percurso, homenageando a Rainha da Paz, a Estrela da Manhã.
As luzes do adro, acompanhadas pelas chamas vivazes dos archotes, tornavam ainda mais belo o Rosário de flores à entrada da Igreja, que foi pequena para a quantidade de fiéis que quiseram estar presentes neste momento único e de singular importância.
Todos receberam Maria fazendo jus à mensagem que encimava a porta da Igreja: “Acolhemos-te Maria, de coração humilde e agradecido”.

Natália Nunes e Sandra Rodrigues



Vila do Porto Moniz, 30 de Outubro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

TESTEMUNHO - Visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima à Paróquia de São Vicente – 23 a 25 de Outubro de 2009

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A visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima à Paróquia de São Vicente decorreu entre os dias 23 e 25 de Outubro de 2009. Foram dias de infinita emoção e de intensa oração dos diversos grupos e da Comunidade em geral.

Falar de tão esplêndida visita da Mulher que soube, no seu silêncio, ser o exemplo de Fé, de Missão, de entrega, de Perdão, de Amor e Caridade, é muito difícil. No entanto iremos recordar, já com uma certa nostalgia e saudade, o dia em que o nosso Pároco anunciou a vinda da Imagem Peregrina e da urgente necessidade de criar uma comissão organizadora da sua visita à nosso Paroquia. Os nossos corações bateram forte, a responsabilidade era muito grande – íamos receber a Mãe de Jesus, a nossa Mãe. Com expectativa e ansiedade, foram traçadas as linha orientadoras. Os diversos grupos puseram os seus dons ao serviço da nossa Mãe. Nada ficou ao acaso – desde a preparação da parte litúrgica, à decoração do interior e exterior da Igreja em sinal de festa – tudo foi preparado por todos num sinal de comunhão e fraternidade. Em cada coração ressoava o conselho dado por Maria “ Fazei Tudo o que Ele Vos Disser”.

Chegou o esperado dia, aquele dia em que a Virgem, Senhora de Fátima, nos seria entregue pela Paróquia da Ponta Delgada. Esse dia foi marcado por um corrupio de todos. Uns enfeitavam as ruas com os tradicionais tapetes para a Virgem passar, outros davam os últimos retoques no belo templo do Mártir São Vicente. Nada podia falhar! Ao entardecer a Vila ficou cheia de luz, cor e com um perfume a fé de um povo que durante anos, tem manifestado uma imensa devoção à Nossa Senhora de Fátima. A nossa Paróquia tornou-se no santuário da Cova da Iria. E Pelas 21:00h, no sítio dos Juncos, Fajã da Areia, chegava a Mãe Tão Esperada. Recebida com forte emoção, lágrimas, sinais profundos de um povo que recorre a Maria para expressar quer a sua dor e angústia, quer a sua alegria e Fé em Cristo. Aí, foi coroada, pelo nosso Pároco, Pe. João Humberto Mendonça. Tudo isto se passava, quando através da voz de uma criança, soava entre as montanhas, a manifestação e alegria de boas vindas a Maria. Após esses momentos de acolhimento, a Imagem Peregrina, percorria o caminho em direcção à Igreja Matriz levada em júbilo, aos dos ombros dos nossos irmãos. A multidão acompanhava com cânticos de louvor, orações e iluminada pela luz das velas, manifestando a gratidão por tão importante visita.

Já na Igreja, seguiu-se a oração que Nossa Senhora de Fátima pediu aos Pastorinhos – o terço. Foi o Terço pelas Famílias, meditado e rezado por uma das famílias da Paróquia, que quis dar o testemunho destemido a todos, mostrando que como Maria, são uma família onde está sempre presente o rosto de Cristo. Terminada a meditação do terço, era hora de cada um ir para as suas casas. Mas antes, passaram os fiéis junto da Imagem, cada um orando em silêncio, olhando o rosto de Maria, mostrando – Lhe e oferecendo -Lhe as suas preces, os seus agradecimentos, nesse silêncio porque só Maria sabe o que cada um lhe falava…

Dia 24 – Sábado – O dia nasceu num convite a toda a comunidade – caminhar à Igreja Paroquial. As portas abriram-se por volta das 09:00h: Lá estava Nossa Senhora com o seu olhar materno, esperando as primeiras orações do dia que ficaram a cargo da Confraria de Nossa Senhora de Fátima, desta Paróquia. Terço, cânticos, orações e preces aconteciam sempre ante a face acolhedora de Maria. Pelas 12:00h, chegou o momento da Confraria do Santíssimo, que com a presença maioritária de homens, rezaram, pedindo a Maria pelos povos de todo o Mundo, para que com ela se aprenda a ser evangelizadores, neste mundo onde cada vez mais se traça caminho longe de Deus. O sino tocava as duas da tarde, os bancos da nossa igreja estavam marcados pela sabedoria, pelo exemplo de fé, de dor e solidão. Os doentes, e idosos dos Centros de Convívio de São Vicente estavam frente a frente com Maria. Foram momentos de profunda oração, onde Jesus na Eucaristia, na adoração do Santíssimo, esteve presente abençoando todos os doentes.

A tarde avançava, o tempo voava…, muitos que aqui passavam, mesmo os forasteiros, sentiam-se entusiasmados e contagiados pela alegria manifestada pelos grupos de oração. Então entravam e aí faziam a sua oração a Nossa Senhora Peregrina. Em cada rosto transparecia emoções, profunda fé e gratidão a Maria. E Ela sempre no seu silêncio deixava, com toda certeza, as suas palavras de Mãe. Pelas 16:00h, chegou o momento das crianças da catequese estarem com Maria. Ao som do Hino a Nossa Senhora Peregrina, entoado pelo Grupo Juvenil desta Paroquia, sucederam momentos ternos entre aquelas crianças e Nossa Senhora. Com vozes trémulas, não muito seguras, fizeram silêncio, rezaram, embelezaram toda a oração. Recordaram os pastorinhos, simples crianças, pedindo a Maria que os ensinasse a serem mensageiros da Mensagem de Cristo junto da comunidade. Terminado o momento de reflexão e de oração, estas crianças apenas tinham algo de mais puro para lhe oferecer, uma flor; cada flor representaria a oração individual de cada um.

Entre as 18:00h e as 20:00h, a fé, o diálogo, a oração, os cânticos, as súplicas, os agradecimentos, eram cada vez mais fortes, a cargo dos grupos do Cursos de Cristandade, de Leitores e Ministros da Comunhão. Chegado às 20:00h, a Igreja estava cheia, em cada cristão ali presente, estava marcado a alegria e a fé de estar entre nós Aquela que nos Leva a Jesus Cristo – Nossa Senhora de Fátima. A Novena e Missa foi outro ponto alto, que presidida pela Pe. João Humberto Mendonça e concelebrada pelo Pe. Dr. Marcos Gonçalves, trouxe a cada um de nós a catequese que nos faltava para caminharmos ainda mais próximo de Maria. O dia terminou com a Confraria de Nossa Senhora de Fátima na sua oração de Acção de Graças.

Dia 25 – Domingo – Dia do Adeus à Imagem Peregrina. Pela manhã fazia-se os preparativos. No Templo, a Oração estava a cargo do grupo de jovens da paróquia, que ao som da guitarra, entoavam cânticos, e oravam com a sua simplicidade e rebeldia do ser jovem. Maria ali, estava, Ela era realmente a Mãe, que pacientemente escutava a mensagem que os jovens lhe pediam. Queriam ser como Ela, dizer o seu Sim, como Maria disse, o sim à vida, uma vida trilhado pela sabedoria da Mãe de Jesus. Por volta do meio-dia, a Confraria de nossa Senhora de Fátima, fez a sua oração de despedida. E às 13:30h deu-se início à celebração Litúrgica. A Igreja repleta de cristãos faziam a ultima oração com a presença da Imagem da Virgem, presença viva de Nossa Senhora de Fátima. Terminada a Celebração da Eucaristia, chegou ao momento de levar a Imagem Peregrina à Paróquia das Feiteiras. Há saída da Igreja as crianças estavam lá, quiseram marcar a sua presença, louvando, libertando balões, marcando a sua gratidão. A banda tocava, o fogo dava sinal de alegria, fé, amor à Virgem. Em sinal de festa, a Senhora caminhava, no cimo de um carro todo enfeitado com flores, era majestosa, brilhante, a Mulher do Sim, que percorria as estradas da nossa paróquia, ao som de música e oração. Lá do alto do seu andor, Ela era ainda mais Humilde, mais Materna do que nunca, ensinava-nos e transmitia-nos a mensagem de Deus Amor. Chegado ao local, Sítio do Passo, os paroquianos das Feiteiras esperavam a Virgem, também eles ansiosos. Com Eles estava o nosso Pastor, o Reverendíssimo Senhor Bispo D. António Carrilho e o Bispo Emérito, D. Teodoro. As Palavras dos dois Párocos deram testemunho da fé da comunidade e de acolhimento na presença da Mãe – Nossa Senhora de Fátima, que partiu rumo à Igreja das Feiteiras, deixando para trás os lenços, num adeus de lágrimas e saudades.

Catequista Cristina Andrade

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

TESTEMUNHO - Imagem Peregrina em Boaventura – 19 a 21 de Outubro

215-257 Ali estávamos nós, comunidade da Paróquia de Boaventura, e não só, junto ao miradouro da Senhora dos Bons Caminhos, ao qual chamamos “miradouro da Santinha” onde está a imagem da Nossa Senhora dos Bons Caminhos, imagem esculpida em pedra e que está colocada sobre um pequeno altar em cantaria. Esta imagem foi inaugurada em 31 de Outubro de 1965 e é a protectora de todos os viajantes. O miradouro da Senhora dos Bons Caminhos é o ponto de ligação entre a Paróquia da Fajã do Penedo e a Paróquia da Boaventura, daí ter sido o local escolhido para a entrega da Imagem Peregrina por parte dos irmãos da Fajã do Penedo aos irmãos da Paróquia da Boaventura. Deste miradouro avista-se a Igreja da Fajã do Penedo, assim como quase todo o percurso da estrada que liga as duas paróquias. O tempo de espera já se fazia longo e a ansiedade com que aguardávamos a saída da procissão daquela Igreja vizinha, aumentava a cada minuto que passava. Enquanto entoávamos cânticos de louvor a Nossa senhora, eis que sai a procissão com a Imagem Peregrina da Igreja da Fajã do Penedo, e sentimos uma enorme alegria em nossos corações. A chegada da procissão ao miradouro da Santinha, onde nos encontrávamos, foi vivida com muita emoção e as lágrimas não se contiveram nos nossos olhos – a Nossa Mãe tinha acabado de chegar. Todos unidos como verdadeiros irmãos: Fajã do Penedo, Boaventura e demais irmãos ali presentes, seguimos em procissão para a Igreja da Boaventura, onde fizemos a festa à Nossa Mãe!

Boaventura, 21 de Outubro de 2009

Élvio Neves

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

NOSSA SENHORA DE MIM – Conferência proferida pela Professora Graça Alves na Igreja do Colégio no dia 21 de Outubro de 2009

NOSSA SENHORA DE MIM

graça_alves Pediram – me para falar de Maria e eu, que me esqueci do valor da humildade, disse que sim. Apesar de não ser especialista em assuntos marianos. Apesar de não saber mais do que toda a gente que esta noite se congregou na Igreja do Colégio para, em comunidade, pensar na figura de Nossa Senhora e no sentido da Mensagem que Ela veio trazer, em Fátima.
Sou apenas uma mulher que tem em Maria um modelo de vida, um colo de Mãe e uma companheira de peregrinação.
Vou, portanto, por aí: por mim, pela forma como Nossa Senhora entrou na minha história e participa das minhas coisas. Porque essa Senhora que é nossa, é minha também.
Ela existe na minha vida desde que me lembro de mim. Foi-me trazida pela mão da minha mãe, pela sua voz de abraço, pelo amor que ela deixava escondido na minha cama, para que eu não tivesse medo da noite.
Associo-A, portanto, a um dos melhores momentos da minha infância, àquele momento em que a minha mãe era só minha, se sentava ao meu lado e me contava uma história. Depois de uma oração pequenina para agradecer o dia, rezávamos uma ave-maria, devagar, as minhas mãos nas mãos da minha mãe e, depois, um beijo. Aquele beijo que só as mães sabem dar e que cura todos os arranhões, que perdoa todas as tropelias, que afasta todos os males. E, se é verdade que, nos dias de maior traquinice, o “Rogai por nós, pecadores” ganhava outro sentido, é verdade também que, sobretudo nesses dias, a “Santa Maria, Mãe de Deus” dava outro sentido ao beijo da minha mãe.
Aprendi-A assim: amorosa. Entendi-A assim: pedindo por mim, mesmo que fosse fraca, mesmo que eu errasse. Senti-A assim: presente no “ agora e na hora da nossa morte”.
Deixei que Ela ficasse. Às vezes, fui eu que me fui embora. Mas Ela foi sempre à minha procura.
Maria esteve comigo, mesmo quando eu tive dúvidas e achei que precisava de respostas. Esteve comigo nos momentos da alegria e nos das lágrimas. Esteve comigo nos momentos das decisões e na hora de todas as escolhas.
Apesar de ter tentado fugir, e eu tentei algumas vezes, Maria foi sempre um lugar seguro. Sempre. Ela era sempre o beijo da minha mãe. Um colo. A Nossa Senhora de mim.
Há várias características no retrato desta mulher que me fascinam e que estão sempre por detrás das palavras que tenho dito e escrito acerca dela:
- a aceitação da vontade de Deus;
- o silêncio;
- a capacidade de se pôr a caminho para ir ao encontro;
-a promoção do encontro da humanidade com o seu Filho;
- a sua atitude no momento da cruz.

Naquele dia branco da Anunciação, em que o Anjo se aproximou com o Recado de Deus, Maria disse que Sim. Na entrega daquele Faça-se!, a sua vida mudou, a nossa vida mudou e Ela permitiu que o Plano que Deus tinha para a humanidade se concretizasse. Naquele dia, os projectos desta mulher deram lugar ao Projecto de Deus. Ela era “a Serva do Senhor”. Apesar de tudo. Naquele dia do anjo, nem lhe pediu um sinal. Só lhe perguntou o como, para não errar. Queria obedecer com amor.
Essa entrega é um dos aspectos que me apaixonam em Maria, esse atirar-se no abismo que é o colo de Deus, mas que é também a consciência da fonte de sofrimentos, consubstanciada na frase de Simeão, aquando da apresentação do Menino no Templo: “Uma espada trespassará a tua alma!”
E desculpem-me os pais e os santos, mas só as mães são capazes disto.
Depois, é o silêncio, esse silêncio líquido de Maria: um filho gerado na solidão, sem um lamento (“E o Anjo deixou-a”), as implicações que aquele sim havia de ter na sua vida, a coragem de calar os medos, de não pedir contas dos mistérios de Deus.
Maria tem sido para mim um exemplo neste sentido: “Ela guardava todas as coisas no coração”. Apesar de não entender.
Confesso que, às vezes, me faz impressão a serenidade desta mulher face às respostas de Jesus. Exemplo disto é a perda e o encontro do Menino que, afinal, está no Templo entre os Doutores, a “tratar das coisas do Pai”.
Maria, aflita, calou as suas palavras. Ela sabia que aquilo tinha de ter um sentido. Porque eram coisas de Deus. E ela confiava. Plenamente. E mais, ensinou-nos e ensina-nos a confiar. Também plenamente. E ter fé há-de ser isto.
O outro aspecto que me apaixona nesta Senhora de mim é a sua atenção às necessidades dos filhos. Ela sabe o que nos falta e “roga por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte”.
Maria é a que se põe a caminho. É Ela que vai ao encontro dos que precisam: vai ter com Isabel que precisava dela; em Caná, nas bodas, está atenta. É Ela que pede a Jesus:
- Filho, não têm vinho! e vinho é tudo o que nos falta: pão, dinheiro, saúde, trabalho, esperança, coragem, um sentido para continuar aqui.
E, depois, indica o caminho. Exactamente da mesma maneira que se tinha atirado no abismo de Deus, na hora do anjo:
- Fazei o que Ele vos disser!
Maria indica o caminho de Deus. Proporciona o nosso encontro com Cristo.
Em Fátima, acaba por ser a voz do céu que volta a indicar o caminho para a salvação:
- Fazei o que Ele vos disser.
E o que Ele diz é apenas isto:
- Enchei as talhas com água.
Que é o mesmo que dizer:
- Enchei o coração com amor.
Isto é,
- amai-vos uns aos outros!
Porque quem tem as talhas cheias, derrama-as, transforma a água em vinho, permite que se operem os milagres.
Nossa Senhora liga a terra ao céu. Ela é a maneira de chegar a Deus ou de Deus chegar aos homens.
Quanto a mim, a atitude de Maria nestas bodas definem o seu papel na Igreja. Ela aponta o caminho da salvação.
Maria é uma escola de amor. Ela é a Mãe. E ensina (a mensagem de Fátima é disso testemunha) que só o amor pode mudar positivamente o rumo da história.
Finalmente, a hora da cruz. Nesse dia, Maria está de pé junto da cruz de Jesus. Ninguém a ouve gritar. Ninguém lhe sente o desespero de Mãe, ao lado do Filho quase morto. Ninguém.
Nesse dia do Calvário, Jesus faz o Seu Testamento: entrega-nos à Mãe:
- Mulher, eis o teu filho!
E nós fomos João, o discípulo amado.
Depois disse a João:
- Eis a tua mãe.
E nós éramos João. Outra vez.
Já não estávamos sós. Maria ficaria sempre connosco, mesmo nas horas da cruz. Daí para a frente, Ela estaria, também de pé, ao lado da minha cruz, das nossas cruzes de todos os dias, segurando as mãos que nos vão caindo, limpando as lágrimas que vamos derramando, cobrindo - nos com o céu do seu manto.
Sabe-se, porém, que há um depois deste momento: ”a partir daí, o discípulo recebeu-a em sua casa.” João. Nós.
É, portanto, nossa obrigação fazer o mesmo: recebê-la em nossa casa, no nosso coração, na nossa vida. Há um poeta que diz que “a minha casa é onde mora o meu coração”. E receber a Senhora em nós implica arranjar-lhe um lugar, ter tempo para Ela, dar-lhe o melhor do que somos.
Esta passagem da Imagem Peregrina é um pouco símbolo deste acolhimento. Preparámos a terra, iluminámos os caminhos, viemos para a rua para nos deixarmos fixar pelo olhar de Maria que nos deixou “o céu mais perto”, como afirmou no dia 12 de Outubro, D. António Carrilho.
Nestes sete meses, acolhê-la é acertar os nossos passos com os dela, é acender a esperança que alumia as nossas noites, é deixar que os nossos lenços brancos sejam asas e lhe levem os nossos beijos, é deixá-la ficar connosco no para sempre da nossa vida. Só assim alcançaremos todos os milagres de que precisamos.
E pronto. Antes de me calar e de dar a palavra a quem sabe disto, vou pedir licença para ler um dos textos que fazem parte da exposição itinerante que está a acompanhar a imagem da Senhora pela nossa terra.

Mãe,
guardei o meu coração para te oferecer nestes tempos em que vieste visitar-me. Trouxe-te a luz dos caminhos, o canto dos peregrinos, o silêncio das noites. Trouxe-te o melhor de mim, apesar da vida e do tempo e do medo. Trouxe-te quem sou: às vezes sorriso, às vezes desespero, às vezes abraço, às vezes solidão.
Vim, Mãe Santíssima, porque em ti encontrei a minha casa. Mesmo quando a noite me apagou a esperança, quando a dor me choveu nos olhos e me derramei no chão. Vim, Senhora de todos meus passos, porque sempre houve lugar para mim no abrigo azul do teu manto, na ternura branca dos teus silêncios, nas palavras caladas, guardadas na cruz do teu Filho.
Senti-te à beira da minha cama, nos momentos de pedra; senti-te estrela, nas alturas de alegria; senti-te presença na hora das lágrimas.
Por isso, só me resta colar os meus olhos aos teus, as tuas mãos às minhas e agradecer-te, da pequenez da minha humildade por nunca teres largado o meu coração.
Senhora de Fátima, peço-te, esta noite, aquilo que eu, no segredo de mim, pedia à minha mãe antes de dormir: Se eu me perder, encontra-me.  Ámen.

Que, neste século louco e solitário, a gente aprenda com a Imagem da Senhora de Fátima a elevar as mãos para o céu, mas a pousar os olhos nos irmãos.

GRAÇA ALVES

TESTEMUNHO - Fajã do Penedo, Boaventura e Ponta Delgada Ecos da Imagem Peregrina nas paróquias – 18 a 21 de Outubro de 2009

Fajã do Penedo

D.Antonio_chegada_imagem Dezoito de Outubro foi um dia memorável para a paróquia da Fajã do Penedo. Participei na chegada da Imagem Peregrina. Fiquei surpreendida e apreciei o espaço onde o encontro ia acontecer. Nele, o pároco, Pe. Abraão, os "Pastorinhos de Fátima", as Confrarias e o ambiente... a embelezá-lo um tapete de flores, mastros com bandeiras, gambiarras, flores e, ainda, velas, archotes. Do outro lado, ligados à Igreja, identificados com camisolas com as cores dos cinco continentes, cinco cores distintas, cinco grupos de paroquianos, os quais formava mo Terço Missionário. Nesse mesmo local uma grande faixa com uma mensagem: "Sede benvinda Nossa Senhora de Fátima" . Desse local, até à Igreja, todo o percurso estava atapetado de flores..., era uma Festa em força.
caminhada_imagem_igreja Finalmente, a Imagem Peregrina chegou! Vinha acompanhada por uma comitiva e nela o nosso Senhor Bispo, D. António Carrilho, o pároco da Sé, Cónego Victor Gomes, o Cónego Carlos Nunes e ainda centenas de motards e uma caravana automóvel. O Hino voltou a ser cantado, o fogo estalou pelos ares, as pétalas de flores envolveram a Imagem Peregrina e as palmas ouviram-se!
Seguiu-se a procissão até à Igreja da Fajã do Penedo. A igreja estava linda.

Paróquia de Boaventura

IMG_1830 A 19 de Outubro, centenas de paroquianos de Santa Quitéria, Boaventura, acompanhadas pelo pároco, Pe. Élio Gomes, e com velas acesas, receberam a Imagem Peregrina no miradouro onde se encontra o Monumento da Senhora dos Caminhos, lindamente decorado. A imagem Peregrina, saiu da Igreja da Fajã do Penedo em procissão, com o Pe. Abraão a presidir à cerimónia de entrega de Nossa Senhora à comunidade de Santa Quitéria.
Por sua vez, o Pe. Élio, coroou a Imagem. Seguiu-se a procissão das velas, com muito povo a rezar o terço até à nossa igreja onde foi colocada num espaço próprio, num andor muito florido e lindo, tendo a cerimónia terminado com uma Oração mariana. No final, foi descerrada uma lápide para assinalar a presença da Imagem Peregrina na nossa paróquia, entre os dias 19 e 21 de OutubrIMG_1872o.
Nesses dias, tudo foi programado para que houvesse cerimónias, nomeadamente: Eucaristias, Exposição do Santíssimo Sacramento, Recitação do Terço, Laudes, "Angelus" e outras, com a participação de vários grupos, com destaque para as crianças da Escola de Boaventura que colocaram flores no "Muro da Fé" que foi levantado ao lado da Imagem.

Paróquia de Ponta Delgada

Finalmente, no dia 21 à noite, após a Eucaristia, fomos acompanhar a Imagem Peregrina a Ponta Delgada, em caravana, destacando-se o carro e o andor lindamente ornamentados com flores brancas.
Centenas de pessoas, acompanhadas pelo seu pároco, Pe. Humberto, esperavam Nossa Senhora em Ponta Delgada.
Na recepção houve cânticos e muita alegria. Mais tarde, iniciou-se uma procissão até à igreja de Ponta Delgada, ao Senhor Jesus, onde houve a recitação do Terço. Todo o percurso estava atapetado com flores e o adro também, mas, diferente, com um belo efeito.

Boaventura, 22 de Outubro de 2009

Maria Helena Nunes

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

UMA VISITA IMPORTANTE

(Na apresentação da Conferência da ACEGE/COMISSÃO DIOCESANA COORDENADORA DA VISITA DA IMAGEM PEREGRINA no dia 21 de Outubro na Igreja do Colégio - Funchal).

Associamo-nos a estes momentos de grande importância e alegria para a Diocese do Funchal e para todos os madeirenses, desde que a imagem peregrina aqui chegou.
Todos nós sabemos do valor que a Mãe de Deus tem na história de Portugal, coroada rainha, personagem influente em lendas e passos da nossa cultura, orago em inúmeras igrejas, ermidas e capelas. A Virgem de Fátima está representada em inúmeras igrejas da nossa Terra e em muitos lares. Da infância guardo as descrições feitas pela minha avó de idêntica visita feita há sessenta anos, documentada em reportagem fotográfica extensa e muito expressiva.
Apesar disso não deixei de me surpreender com as manifestações de tantas e tantas pessoas frente à imagem. Vejo que a surpresa não foi só minha, mas generalizou-se um sentido de espanto pela intensa e expressiva religiosidade desses momentos.
Curiosamente a surpresa para alguns esteve eivada de preocupação, receio, crítica.
Alguns acharam estranho e até talvez ridículo o valor que muito deram a uma imagem a percorrer ruas e praças da nossa terra. Poucos, na sobranceria da cultura que julgam superior, desvalorizam o sentido dos que se emocionam, se abeiram da imagem, a tocam, a beijam e tentam lhe fazer chegar símbolos de entes queridos talvez acamados, talvez inválidos.
Há quem veja um sinal de sub-desenvolvimento na influência da imagem da Virgem no sentir e no viver de muitas pessoas, de diferentes condições e localidades.
É evidente que o acontecimento excede o valor do registo histórico, a carga emotiva ou a manifestação de devoção. Na imagem da Virgem Maria os cristãos sentem o Deus revelado em Cristo. Sentem-na como a interlocutora, a que está entre nós e Deus Pai.
Sabem que foi por Ela que o seu Filho nos chegou, e foi a Ela que Jesus nos confiou, pedindo que a albergássemos em nossa casa e a fizéssemos nossa mãe como Dele foi.
É nessa proximidade materna que o Amor de Deus se revela mais humano, mais atento, mais “nosso”. E o homem precisa do Amor de Deus, ao contrário do que pensavam aqueles para quem a Religião tinha morte anunciada.
A procura do amor de Deus é um acontecimento que é cultural porque é intrínseco à natureza humana. Em vez da ideia de alienação que quiseram interpretar nesta procura do divino, a descoberta do amor de Deus é exigente, muito exigente mesmo, para com cada um e na sua relação com o outro.
O Nosso Papa caracterizou a necessidade de Deus como a procura da verdade, algo que vai mais além da razão ou da emoção, mas nunca pode dispensar essas valências do humano e que se reflecte necessariamente na acção, no comportamento de cada um. A procura do Amor de Deus impele-nos a reflecti-lo a sermos testemunhas e agentes desse Amor.
A mãe ensina-nos essa dimensão que nos interpela, que vai mais longe, que sabe abnegar-se para servir, propulsora da conversão. Ela própria foi a maternidade do sim, pronta a ser a “serva do senhor”.
É por isso redutor julgar que o momento da visita da imagem peregrina se esgota em si mesmo e que não será capaz de converte, de mudar e deixar rasto. É por isso maniqueísta não conseguir descortinar os “bons efeitos” que a imagem que passa, traz à vida das pessoas, das famílias, das comunidades, da nossa Terra.
A imagem da Senhora revelada em solo luso, transporta também a mensagem de oração e de paz, conforto aos cristãos de boa vontade. Confiamos na sua intercessão e sabemos que, à distância, nos acompanha e nos protege. Sentimo-la como auxílio nas horas aflitivas, inspiradora nos momentos difíceis, depósito das nossas ansiedades e preocupações. Entregamos-lhe os nossos filhos, os nossos idosos, as nossas doenças, as nossas falhas.
Estranha manifestação para um Mundo auto-suficiente, tão cheio de si.
Estranha devoção para a materialidade que nos rodeia, como se ela fosse a panaceia para todas as nossas preocupações.
Nesse sentido, a imagem de Fátima é também provocação para uma sociedade que quer reservar a fé a um papel reduzido, íntimo, escondido em cada um. Parece que nos querem fazer envergonhar por termos e tentarmos ser seguidores da mensagem de Cristo. Parece que estaríamos condenados a não manifestarmos a alegria do símbolo e da mensagem que esta imagem representa.

RICARDO VIEIRA

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Oração para a despedida da Imagem Peregrina em cada Comunidade Paroquial

Oração para a despedida da Imagem Peregrina em cada Comunidade Paroquial:

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"Virgem Santíssima, que vos dignastes abençoar a nossa Comunidade Paroquial nestes dias, estendei o Vosso manto sobre a Paróquia … , que em breve Vos acolherá".

Oração do Acolhimento da Imagem Peregrina na Paróquia

Oração do Acolhimento da Imagem Peregrina na Paróquia

imagem peregrina Virgem Santíssima, que sois Mãe e Senhora nossa!

Com imensa alegria, e com profundo respeito, recebemos agora na nossa Paróquia, esta vossa Imagem que tanto representa para nós.

Ela lembra-nos a Mãe de Deus, que também nos foi dada por Mãe, fazendo-nos sentir mais de perto a Vossa presença entre nós.

Mãe e Senhora nossa, esta Comunidade Vos pertence; e tudo o que nestes dias Vos oferecemos, é tudo aquilo que o Vosso Coração deseja receber de nós: a nossa fé, o nosso amor, bem como as alegrias e sofrimentos que nos fazem viver unidos numa só família.

Hoje, de modo especial, abençoai esta nossa paróquia.

Que a Vossa protecção esteja sempre connosco, para que possamos crer com maior firmeza, trabalhar e sofrer com maior coragem, amar com mais dedicação e esperar sempre com maior alegria e confiança. Amén.

Consagração ao Coração Imaculado de Maria

Consagração ao Coração Imaculado de Maria

Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao Vosso Coração Imaculado nos consagramos, em acto de entrega total ao Senhor.
Por vós seremos levados a Cristo. Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai.
Caminharemos à luz da fé e faremos tudo para que o mundo creia que Jesus Cristo é o Enviado do Pai.
Com Ele queremos levar o Amor e a Salvação até aos confins do mundo.
Sob a protecção do vosso Coração Imaculado seremos um só Povo com Cristo. Seremos testemunhas da Sua ressurreição. Por Ele seremos levados ao Pai, para glória da Santíssima Trindade, a Quem adoramos, louvamos e bendizemos.  Ámen.

Homilia de D. António Carrilho, Bispo do Funchal, na Celebração da Dedicação da Catedral do Funchal e da partida da Imagem Peregrina para o Arciprestado de São Vicente e Porto Moniz - Sé do Funchal, 18 de Outubro de 2009

A Catedral, Centro da Unidade e Comunhão Diocesana - Celebra a nossa Igreja Diocesana o aniversário da solene Dedicação da sua Catedral, a 18 de Outubro de 1517, pelo bispo D. Duarte, delegado do Bispo titular, D. Diogo Pinheiro. Ela constitui o espaço privilegiado para a celebração da Palavra e da Eucaristia, a cátedra onde o bispo exerce o seu ministério de ensinar, transmitir a fé da Igreja e celebrar os sacramentos. Nesta solenidade litúrgica se evoca e promove, de forma simbólica, a unidade de todas as paróquias da nossa Diocese com a Igreja Mãe – a Sé do Funchal, lembrando, hoje, também, com a Igreja Universal, o Dia Mundial das Missões e a importantíssima missão da Igreja no anúncio do Evangelho. E para nós, aqui reunidos, é ainda a celebração de despedida da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que após seis dias de permanência nesta igreja Catedral, parte para a Fajã do Penedo, iniciando aí a sua visita às comunidades cristãs do Arciprestado de S. Vicente e Porto Moniz. A Sé foi a primeira paróquia que a recebeu, agora parte em peregrinação por todas as outras comunidades paroquiais da Diocese.
A Igreja, Corpo Místico de Cristo - A primeira leitura relata-nos uma grandiosa visão do profeta Ezequiel, no exílio de Babilónia (cf. Ez 47,1-12). Sendo sacerdote, manifesta uma profunda preocupação pela dignidade do templo, o lugar por excelência de oração e do encontro com Deus. O Rio de Água Viva que jorra do altar do templo do Senhor (Ez 47,1) simboliza a riqueza e a abundância das bênçãos de Deus para com o Seu Povo, que, nos tempos do Messias, atingirá a sua plenitude, com a graça do Espírito Santo e a superabundância de Vida eterna, oferecida por Cristo à Humanidade: a Água que Eu der – disse Jesus à Samaritana – tornar-se-á uma fonte de Água a jorrar para a Vida eterna (cf. Jo 4, 14). Desde então, a sede de Infinito do homem e da mulher será n’Ele plenamente saciada. Na segunda leitura, S. Pedro recomenda à comunidade que se aproxime de Jesus Cristo, “pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus”(1Ped 2, 4). A fé é a chave de leitura deste texto paradoxal. Só o Espírito Santo nos faz descobrir o mistério do amor de Deus, na rejeição e morte do Filho Amado, e a poderosa intervenção do Ressuscitado, no dinamismo da vida da Igreja e do mundo. As “pedras vivas” simbolizam os membros do Povo de Deus, unidos a Cristo e comprometidos com Cristo, “Pedra angular”. As “pedras vivas” da Igreja do Senhor somos todos nós, se partilhamos a corresponsabilidade, a vida e a acção pastoral da Diocese, nas diferentes comunidades cristãs, instituições e grupos apostólicos.
A confissão de Pedro - No relato evangélico (cf. Mt 16, 13-19), em Cesareia de Filipe, Jesus interroga os discípulos sobre a Sua própria identidade: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” – Esta pergunta provoca uma resposta de grande densidade teológica, inspirada pelo Espírito Santo: “Tu és o Messias, Filho de Deus vivo”(Mt 16, 13), respondeu Pedro. A pergunta tem como finalidade reafirmar a missão de Jesus e a sua origem divina, e confirmar os discípulos na fidelidade do seguimento. Não basta reconhecer Jesus como o Messias, o Enviado do Pai, mas, sobretudo, como Filho de Deus. E nós, que dizemos sobre Ele? Quem é Jesus Cristo para nós, em termos de fé, relação pessoal e seguimento, como ideal de vida?
A dimensão missionária da Igreja - Neste Dia Mundial das Missões, lembro que pertence à Igreja revelar o verdadeiro Rosto de Cristo, com alegria, entusiasmo e esperança. Como servidora da Palavra, a Igreja deve anunciar a Boa Nova a todos os povos, num mundo fragmentado por uma certa angústia existencial, mas com sede de Amor, Verdade, Justiça, Paz e Unidade. Esta é a missão, não só dos bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, catequistas, professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), mas de todos os baptizados, com especial responsabilidade para as famílias cristãs: levar as crianças, adolescentes, jovens e adultos ao conhecimento de Jesus Cristo, à comunhão e intimidade com Ele. No início do Ano Pastoral, peço a Deus que abençoe a generosidade, sacrifício, empenho e disponibilidade dos nossos catequistas, professores de EMRC e outros educadores da fé, aqui presentes em grande número. “Evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja" (Evangelii Nuntiandi, 14). Todos os cristãos são chamados a viver em corresponsabilidade esta mesma missão evangelizadora: anunciar a todos os povos a riqueza insondável, os tesouros de sabedoria e de ciência de Cristo Jesus (cf. 1Col 24,3). Bento XVI recorda-nos na sua habitual mensagem para este Dia, que “a missão da Igreja é contagiar de esperança todos os povos. Está em questão a salvação eterna das pessoas, o fim e a plenitude da história humana e do universo”. Evangelizar e contagiar com esta esperança viva, que é Cristo Jesus Ressuscitado, será para todos um dom e uma graça, mas também uma responsabilidade, serviço e compromisso. Dou graças a Deus pela generosidade de numerosos missionários e missionárias da nossa Diocese do Funchal que, através dos séculos, ousaram e ousam, actualmente, anunciar com alegria o Evangelho, arriscando, muitas vezes, a própria vida. Mesmo no meio de perseguições e apesar de reconhecermos na Igreja os limites próprios da fragilidade humana, todos somos convidados a amar a Igreja, nossa Mãe. Mergulhada na complexidade do mundo actual, onde Deus parece ser dispensado, a Igreja está vigilante e atenta aos novos desafios, que lhe são propostos pela sociedade actual e pela própria Igreja.
Despedida da Imagem Peregrina  - Neste momento, em que a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima está prestes a deixar a nossa Catedral, não posso deixar de dar graças a Deus por tudo quanto já vivemos com a sua vinda à nossa querida Diocese do Funchal. Faço-o com muita emoção e o maior reconhecimento a todos quantos contribuíram, com a sua oração, trabalho e testemunho, para momentos tão extraordinários de fé e comunhão eclesial. Quem poderá esquecer o acolhimento tão caloroso e expressivo, prestado a Nossa Senhora, por tantos milhares de pessoas que se congregaram no aeroporto e ao longo de todo o percurso até ao Funchal? – Um aceno, um sorriso, um olhar humedecido por alguma lágrima, uma vela acesa, um cântico, uma prece no coração de tanta gente, que acorreu para saudar Nossa Senhora, contemplando-a na sua imagem irradiante de luz, serenidade e paz! Cruzaram-se os olhares: que disse Nossa Senhora ao coração e à consciência de cada um? Quem poderá esquecer a linda noite de 12 de Outubro, no coração da nossa cidade, onde, com a luz das velas, brilhou uma luz diferente, a luz da fé de uma multidão agradecida e suplicante, olhos postos na Imagem luminosa da Virgem Maria, rezando o Rosário na Praça do Município e caminhando, em procissão, até à Catedral? Cruzaram-se os olhares: que disse Nossa Senhora ao coração e à consciência de cada um? Quem poderá esquecer os momentos de oração silenciosa ou a participação nas celebrações da Sé, durante toda a semana, na adoração do Santíssimo Sacramento ou em louvor de Nossa Senhora, abrindo o coração a Deus e acolhendo no íntimo os apelos e interpelações de Maria-Mãe? Que sentimos e pensamos, perante a passagem por aqui de tantos milhares de pessoas, mantendo a Sé repleta de fiéis ao longo de quase todo o dia? O objectivo da vinda da Imagem Peregrina está bem patente no lema escolhido para a Visita: “Com Maria, ser Igreja no mundo actual”. Não se trata, pois, de expressar uma simples devoção, sem consequências na vida e na acção das pessoas e das comunidades cristãs, mas propor e ajudar a acolher, de forma mais aprofundada e esclarecida, o Evangelho de Jesus, como referência para uma vida nova e um maior compromisso na Igreja e na Sociedade. No fim desta celebração, a Imagem Peregrina sai da Catedral e faz o seu primeiro percurso para a igreja do Imaculado Coração de Maria, na Fajã do Penedo, iniciando, assim, a sua visita às nossas comunidades paroquiais. A primitiva capela, que ali existia, foi mandada construir por Maria Margarida dos Anjos Ribeiro, natural de Boaventura, e benzida a 23 de Agosto de 1919, por D. António Manuel Pereira Ribeiro. Foi a primeira dedicada ao Imaculado Coração de Maria, conforme desejo de Nossa Senhora, expresso numa revelação particular à Madre Virgínia Brites da Paixão, Religiosa Clarissa, madeirense, privilegiada com extraordinárias graças místicas.
À Mãe da Igreja - Unidos à Mãe da Igreja, “Estrela da Nova Evangelização” e Rainha das Missões, vivamos o dinamismo da fé, animados pelo Espírito de Deus. Sejamos testemunhas autênticas e templos transparentes da Sua presença, neste mundo, que deseja encontrar na Igreja a beleza do Evangelho e a resposta às suas justas inquietações e esperanças. Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós! Nossa Senhora do Rosário de Fátima, abençoai-nos!

Funchal, 18 de Outubro de 2009
† António Carrilho, Bispo do Funchal

sábado, 17 de outubro de 2009

CONFERÊNCIA SOBRE FÁTIMA

CONFERÊNCIAS SOBRE FÁTIMA


IGREJA DO COLÉGIO
21 DE OUTUBRO
ÀS 21H00

Com a presença do Senhor Bispo do Funchal D. ANTÓNIO JOSÉ CAVACO CARRILHO

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1ª Conferência: “Nossa Senhora de mim” – vertente intimista - pela Escritora Graça Alves.

2ª Conferência: “"A mensagem de Fátima no Séc. XXI", pelo Prof. Doutor João César das Neves.

 

 

 

Uma iniciativa da:

logotipo

Diocese do Funchal 

Comissão da Imagem Peregrina

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Início da Visita da Imagem Peregrina ao Arciprestado de São Vicente e Porto Moniz

No próximo Domingo, dia 18 de Outubro, às 16h00, o nosso Bispo D. António Carrilho preside à Eucaristia na Catedral do Funchal.

Nesse dia, recordamos 4 factos importantes na vida da nossa Diocese:

1- 493.º Aniversário da Dedicação da Catedral do Funchal ( a dedicação - sagração -  data do dia 18 de Outubro de 1517 ).

[Missões.jpg]2- Dia Mundial das Missões
3- Envio dos Catequistas e Professores de Educação Moral e Religiosa Católica ( EMRC ), consequente à Celebração Diocesana de Abertura do Ano Catequético.

4- Partida da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, em direcção à Igreja Paroquial da Fajã do Penedo. Este templo é fruto do aumento e transformação da Capela em honra do Imaculado Coração de Maria, aí erigida no princípio do Século XX, no seguimento das revelações feitas à Madre Virgínia por Nossa Senhora.

Tem assim início a Visita da Imagem Peregrina ao Arciprestado de São Vicente e Porto Moniz.

A Comissão Diocesana Coordenadora da Visita da Imagem Peregrina à nossa Região convidou o Clube de Motards da Madeira para integrar a Caravana que acompanhará a Imagem Peregrina, na sua viagem da Catedral até à Igreja da Fajã do Penedo.
Atendendo ao grande número de participantes (cerca de 300), a Comissão Diocesana da Imagem Peregrina (CDIP) contactou o Departamento de Trânsito do Município do Funchal e a Polícia de Segurança Pública. 

Ficou acordado o seguinte:

No dia 18 de Agosto, Domingo, é autorizado o estacionamento de motos na Praça do Município, entre as 15h30 e 17h30. A partir das 17h00, fica encerrada a circulação de automóveis na Avenida Arriaga, entre a Estátua de João Gonçalves Zarco e a Sé, bem como na Rua do Aljube.
Os Motards circularão na Rua Padre Gonçalves Câmara, Rua 5 de Outubro e entram em contramão na Rua do Aljube, onde se organizarão em caravana. Sensivelmente às 17h30, 4 Motards transportarão o Andor de Nossa Senhora, desde o Altar da Sé até ao Adro, onde se encontrará a viatura que a conduzirá até à Fajã do Penedo. Com o cântico "Adeus de Fátima" e uma largada de pombas dar-se-à início à deslocação da Caravana.
Os Motards seguem o Andor de Nossa Senhora, passando pela faixa norte da Avenida Arriaga, Rotunda do Infante, Avenida do Infante e Avenida 
Luís de Camões. Percorrem a Via Rápida até à Ribeira Brava, sobem parte da Encumeada até apanharem o acesso ao Túnel Encumeada-Rosário, 
São Vicente, Ponta Delgada e , pela Lombada, continuam em direcção à Boaventura e terminam na Fajã do Penedo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Breve Mensagem de Dom António Carrilho, Bispo do Funchal, na Partida da Imagem Peregrina para a Madeira - Capelinha das Aparições, 12 de Out. de 2009

Momento celebrativo de profundo significado

É de grande alegria e profundo significado, para a Diocese do Funchal, este momento celebrativo que vivemos, aqui, na Capelinha das Aparições do Santuário de Fátima.
Em comunhão com todos os peregrinos presentes, estamos nós: Bispo da Diocese, alguns sacerdotes, seminaristas mais velhos, grupos de religiosas e leigos madeirenses, numa verdadeira expressão e em representação daquela Igreja Particular.
Estamos aqui, em espírito de fé e amor filial para com a Santa Mãe de Deus, e muitos de nós teremos a grande alegria e consolação de levar connosco a bela Imagem de Nossa Senhora de Fátima, que percorrerá, durante os próximos sete meses, até Maio de 2010, as paróquias e algumas instituições da Diocese do Funchal.
E tal como disse, no dia 13 de Maio passado, no Santuário do Cabo Girão, na Madeira, ao anunciar o projecto da Visita de Nossa Senhora, eu “estou certo do fervoroso acolhimento, que lhe será prestado, e de expressivas manifestações de fé, por toda a parte, como penhor dos melhores frutos espirituais e renovação pastoral para a nossa Diocese”.
Será, sem dúvida, um tempo de graça e de bênção para o povo cristão da Madeira e do Porto Santo, cuja devoção secular a Nossa Senhora é bem visível nas numerosas paróquias, igrejas e capelas, dedicadas em sua honra. Tal como na visita à prima Santa Isabel, recordada no texto do Evangelho (Lc 1, 39-45), há pouco escutado, Maria leva consigo, no seu seio e no seu coração, Jesus, Filho de Deus, que ela continua a oferecer-nos como Salvador.
“Estrela da Nova Evangelização”, Maria aponta-nos os caminhos de Jesus, a Boa Nova da Alegria e da Paz, que ilumina a consciência e o coração, conduz à conversão e se traduz em gestos concretos de amor e solidariedade fraterna. Ela continua a repetir aos seus filhos, no hoje da história humana, as mesmas palavras de outrora, em Caná da Galileia: “Fazei tudo o que Ele vos disser”! (Jo 2,5).
A Diocese do Funchal e Fátima estão intimamente unidas numa profunda piedade mariana. É-me grato recordar que, desde 1913, a devoção ao Imaculado Coração de Maria desenvolveu-se na Diocese do Funchal. De facto, quatro anos antes das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, a Madre Virgínia da Paixão, clarissa mística, madeirense, havia recebido, em oração, esta sobrenatural incumbência.
A partir da Cova da Iria, aos pés de Nossa Senhora de Fátima, confirmo a minha comunhão espiritual com os peregrinos deste santuário, os que nos acompanham pela internet, os nossos emigrantes e os caros diocesanos do Funchal, que nos aguardam, com alegria e esperança, no aeroporto, em Santa Cruz, e na Praça do Município, no Funchal, para a grande celebração mariana desta noite, 12 de Outubro.
Pelas dezassete horas iniciaremos, na feliz companhia da Imagem Peregrina, a nossa viagem de Lisboa para o Aeroporto Internacional da Madeira.

Senhora da Boa Viagem,
Virgem Peregrina de Fátima, rogai por nós!

Fátima, 12 de Outubro de 2009
† António Carrilho, Bispo do Funchal

Entrega da Imagem Peregrina à Diocese do Funchal - Santuário de Fátima, 12 de Outubro às 14.30h


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

QUE SENTIDO PARA UMA VISITA DE UMA IMAGEM

Que sentido tem para nós a chegada da imagem de Nossa Senhora de Fátima à Madeira?
Da infância guardo as descrições feitas pela minha avó de idêntica visita feita há sessenta anos, documentada em reportagem fotográfica extensa e muito expressiva.
Testemunhei os momentos vividos com tanta intensidade nas ruas da minha Paróquia por onde passa a procissão das velas a 13 de Maio.
Sei do valor que a Mãe de Deus tem na história de Portugal, coroada rainha por D. João VI, personagem influente em lendas e passos da nossa cultura, orago em inúmeras igrejas ermidas e capelas.
Mas que sentido terá para nós, aqui e agora, esta visita?
Muitos acharão estranho e até talvez ridículo o valor que outros darão a uma imagem a percorrer ruas e praças das nossas cidades e aldeias.
Outros, na sobranceria da cultura que julgam superior, desvalorizarão o sentido dos que se abeiram da imagem, guardando para si um preconceito de sub-desenvolvimento por detrás da pergunta: porque será que a influência da imagem da Virgem mãe tanto se faz sentir no viver de muitas pessoas, de diferentes condições e localidades?
É para mim evidente que o acontecimento excede o valor do registo histórico.
Na imagem da Virgem Maria os cristãos procuram o Deus revelado em Cristo. Sentem-na como a interlocutora, a que está entre nós e Deus Pai. Sabem que foi a Ela que Jesus nos confiou, pedindo que a albergássemos em nossa casa e a fizéssemos nossa mãe como Dele foi. É nossa proximidade materna que o Amor de Deus se revela mais humano, mais atento, mais “nosso”.
A procura do amor de Deus é um acontecimento que é cultural porque é intrínseco à natureza humana. Ao contrário da ideia de alienação que quiseram interpretar nesta procura do divino, a descoberta do amor de Deus é exigente, muito exigente mesmo para com cada um e na sua relação com o outro. A mãe ensina-nos essa dimensão que nos interpela, que vai mais longe, que sabe abnegar-se para servir. Ela própria foi a maternidade do sim, pronta a ser a “serva do senhor”.
Mas a imagem da Senhora revelada em solo luso, transporta também, na mensagem de oração e de paz, conforto aos cristãos de boa vontade. Confiamos na sua intercessão e sabemos que, à distância, nos acompanha e nos protege. Sentimo-la como auxílio nas horas aflitivas, inspiradora nos momentos difíceis, depósito das nossas ansiedades e preocupações. Entregamos-lhe os nossos filhos, os nossos idosos, as nossas doenças, as nossas falhas.
Estranha manifestação para um Mundo auto-suficiente, tão cheio de si. Estranha devoção para a materialidade que nos rodeia, como se ela fosse a panaceia para todas as nossas preocupações.
Nesse sentido, a imagem de Fátima é também provocação para uma sociedade que reserva a fé ao íntimo escondido de cada um. Parece que nos querem fazer envergonhar por termos e tentarmos ser seguidores da mensagem de Cristo. Parece que estaríamos condenados a não manifestarmos a alegria do símbolo que esta imagem representa.
Que a imagem de Fátima seja bem recebida na nossa Terra mas acima de tudo no coração de cada madeirense.

Ricardo Vieira

sábado, 10 de outubro de 2009

12 a 18 Out. - IMAGEM PEREGRINA NA SÉ DO FUNCHAL - PROGRAMA

PROGRAMA DA SEMANA 13 a 18 de OUTUBRO

S_CHUR~1 No centro do Funchal poderá viver ao longo dos dias 12 a 18 de Outubro toda a Mensagem de Fátima.

Celebração do sacramento da reconciliação Todos os dias de manhã, das 8h às 11.00 de tarde, as 15.30 às 17.30

Segunda-feira - 12 de Outubro Chegada da Virgem peregrina ao Largo do Colégio pelas 20h e recitação do Terço Procissão de velas até à Sé.

Terça-Feira - 13 de Outubro 8.00 - Eucaristia 8.30 - Eucaristia 10.00 - Oração a Nossa Senhora do Colégio da Apresentação de Maria 10.30 – Inauguração da Exposição Itinerante (com fotos da 1ª Viagem da Imagem peregrina em 1948 e textos da Escritora madeirense Graça Alves)  11.15 - Eucaristia 15.00 -16.30 Exposição do Santíssimo Sacramento 17.00 - Meditação e recitação do terço pelo Instituto secular das cooperadoras da família – Obra de Santa Zita 18.00 - Eucaristia presidida pelo Pe Marcos Gonçalves – a Comunidade da Igreja do Colégio e a sua confraria do Senhor dos Passos está presente a animar a Eucaristia. Presença do Seminário Diocesano do Funchal. 19.00Terço transmitido pelo Posto emissor. Recitação da responsabilidade do Seminário Diocesano do Funchal.

Quarta-Feira - 14 de Outubro 8.00 - Eucaristia 8.30 - Eucaristia 10.30 - Recitação da hora intermédia pelo Cabido da Catedral 11.15 - Eucaristia 15.00-16.30 - Exposição do Santíssimo Sacramento 17.00 - Meditação e recitação do terço da responsabilidade da Fraternidade carmelita 18.00 - Eucaristia presidida pelo Pe Manuel Dias (O.C.D) 19.00 - Terço transmitido pelo Posto emissor. Recitação da responsabilidade do grupo carismático.

Quinta-Feira - 15 de Outubro 8.00 - Eucaristia 8.30 - Eucaristia 10.00 - Oração a Nossa Senhora do Externato da Princesa D. Amélia 11.15 - Eucaristia 15.00-16.30 - Exposição do Santíssimo Sacramento 17.00 - Meditação e recitação do terço pelas irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias 18.00 - Eucaristia presidida pelo Sr D. Teodoro de Faria, bispo emérito do Funchal 19.00 - Terço transmitido pelo Posto emissor. Recitação da responsabilidade das Equipas de Nossa Senhora e Secretariado da Família

Sexta-Feira - 16 de Outubro 8.00 - Eucaristia 8.30 - Eucaristia 10.00 - Oração a Nossa Senhora do Colégio de Santa Teresinha 11.15 - Eucaristia 15.00-16.30 - Exposição do Santíssimo Sacramento 17.00 - Meditação e recitação do terço pelas irmãs da Apresentação de Maria 18.00 - Eucaristia presidida pelo Pe Jorge Vaz (O.C.D.)- presença da Igreja do Carmo e dos Padres Carmelitas na Sé. 19.00 - Terço transmitido pelo Posto emissor. Recitação da responsabilidade dos jovens cristãos da Madeira e do grupo de escuteiros da Sé

Sábado - 17 de Outubro 8.00 - Eucaristia 8.30 - Eucaristia 11.15 - Eucaristia 15.00 - Oração Mariana das crianças da catequese dos Centros do Carmo e Hospício 16.00 - Oração Mariana das crianças e jovens da catequese dos Centros do Carmo e Hospício. 17.00 - Meditação e recitação do terço pelos jovens e catequistas dos Centros do Carmo e Hospício (7º -10º anos) 18.00 - Eucaristia presidida pelo Cº Vítor Gomes 19.00 - Terço transmitido pelo Posto emissor. Recitação da responsabilidade do Movimento dos Focolares e imagem_nossa_senhora_fatimaLegião de Maria

Domingo – 18 de Outubro, Solenidade da Dedicação da Catedral. Dia mundial das missões 8.00 - Eucaristia 9.00 - Eucaristia 11.00 - Eucaristia 16.00 - Eucaristia presidida pelo Sr D. António Carrilho na festa da Dedicação da Catedral e dia mundial das Missões. Eucaristia de início do ano catequético. 17.30 (sensivelmente) Despedida da imagem peregrina. 18.15 - Eucaristia

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Excerto da Homilia de D. António Carrilho, Bispo do Funchal, na Celebração do Patrocínio de Nossa Senhora do Monte - Maria, sinal de esperança e de consolação - Sé do Funchal, 9 de Outubro de 2009

1809923_es5An … Devoção mariana na Madeira
Daqui a três dias teremos a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Chegará à Madeira, no dia 12 de Outubro, e permanecerá entre nós, percorrendo as paróquias e algumas instituições, até Maio de 2010. De acordo com o dinamismo do lema escolhido, vamos “Com Maria ser Igreja no mundo actual”. Ela é, na verdade, a “Estrela da Nova Evangelização”. A Madeira manifestou, ao longo dos séculos, um grande amor e ternura filial a Nossa Senhora, o que podemos comprovar nas muitas paróquias, igrejas e capelas dedicadas em sua honra. Foi também pioneira na devoção ao Imaculado Coração de Maria. Confirmam-no as manifestações sobrenaturais à Madre Virgínia da Paixão, em 1913, sobre o Imaculado Coração, quatro anos antes das aparições na Cova da Iria. A devoção ao Imaculado Coração de Maria teve início com os grandes místicos da Idade Média. Foi largamente difundida, a partir do séc. XVII, por S. João Eudes, grande impulsionador da devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria. O Santo dizia aos sacerdotes: “Entregai-vos a Jesus para entrar na imensidade do seu grande Coração, que contém o Coração de Sua Santa Mãe…” (Coeur admirable, III, 2).

Apelo final
O nosso povo que, tantas vezes, se desloca a Fátima ou mantém o desejo secreto de visitar os lugares santificados por uma especial presença da Mãe de Deus, tem agora a oportunidade e a graça de receber, na própria Diocese, a visita da Imagem Peregrina. É a “Senhora da Mensagem”, que vem ao nosso encontro e nos aponta caminhos de esperança e de missão, comunhão e amor. No contexto do Ano Sacerdotal lembro a palavra do Santo Padre, Bento XVI, aos sacerdotes: “vivam uma verdadeira renovação interior e levem Maria no coração”. S. João Eudes afirmava: “O sacerdote deve ser testemunha e apóstolo deste amor do Coração de Cristo e de Maria”. Convido-vos a todos, crianças, jovens e adultos, enfim, todas as nossas famílias da Madeira e do Porto Santo, a acolher, (mais que a imagem, aliás, temos tantas nas nossas comunidades paroquiais), com muita fé e sincero afecto filial, a querida Mãe de Deus, que vem da Cova da Iria e nos recorda as palavras de Jesus: “Fazei o que Ele vos disser”! (Jo 2, 5). No seu Coração de Mãe encontrareis alegria, luz, e consolação. Nossa Senhora do Monte, rogai por nós! Nossa Senhora do Rosário de Fátima, abençoai-nos!

Funchal, 9 de Outubro de 2009
† António Carrilho, Bispo do Funchal

DIA 12 DE OUTUBRO ACOLHIMENTO DA IMAGEM PEREGRINA - PROGRAMA

14H30 | A Imagem Peregrina é entregue ao Senhor Bispo do Funchal em Fátima na Capelinha das Aparições. Pode assistir a este momento através do seguinte link: http://www.santuario-fatima.pt/capelinha.html
18h55 | Chegada do Voo TAP ao Aeroporto da Madeira.
+-19h20 | Palavras do Sr. Bispo no parque da zona VIP e cântico a Nossa Senhora.
+-19h30 | Procissão da Imagem Peregrina dentro do Papa Móvel até ao Largo do Colégio.
+-20h15 | Acolhimento da Imagem Peregrina no Largo do Colégio. Terço Vivo na Praça do Colégio. Procissão para a Sé.

Com mais detalhes:imagem peregrina

A Imagem chegará ao Aeroporto da Madeira no voo TP 1639, proveniente de Lisboa, com chegada prevista para as 18h55.
A Imagem é levada "em mãos" até ao exterior, em direcção ao Papa Móvel, que estará estacionado à saída do Canal Vip e que a transportará até ao Funchal. Fica pousada sobre uma mesa. No espaço do estacionamento da Zona Vip, concentrar-se-ão as pessoas. O Senhor Bispo saudará os presentes e entoar-se-ão alguns cânticos a Nossa Senhora.
A Imagem é então colocada no interior do veículo.
O Papa Móvel, com escolta policial, partirá em direcção à Praça do Município, seguido por um cortejo de carros.

Percurso do Papa Móvel: Via Rápida, saída pela Ribeira de João Gomes, Campo da Barca, Rua do Bom Jesus e Largo do Colégio.

Os Sacerdotes paramentam-se na Sacristia da Igreja do Colégio. Alva e estola branca.

Às 20h30 terá início a recitação do "Terço Vivo", encenado por jovens, seguido de procissão das velas até ao Adro da Catedral, ao longo do seguinte percurso:

Largo do Município - Rua Câmara Pestana - Avenida Zarco - Avenida Arriaga (faixa norte) - Rotunda do Infante (contornando-a pela esquerda) - Rua Cónego Jerónimo Dias Leite - Avenida das Comunidades Madeirenses ou Av. Do Mar (faixa norte, até ao Palácio de São Lourenço) - Subida na Avenida Zarco (até à estátua de Zarco) - Avenida Arriaga (sobre o passeio) - Adro da Catedral.

No Adro da Sé, teremos ainda alguns cânticos marianos e orações. Seguidamente, a Imagem Peregrina entra na Catedral, onde permanecerá até ao dia 18 de Outubro, Domingo.

No Domingo, 18 de Outubro, às 16h00, o nosso Bispo D. António Carrilho preside à Eucaristia, comemorativa também do Aniversário da Dedicação da Catedral, com a cerimónia de envio dos Catequistas e Professores de Educação Moral e Religiosa Católica. Após a Missa, sensivelmente pelas 17h30, organizar-se-á uma caravana, também com a participação dos Associados do Clube de Motards da Madeira, que conduzirá a Imagem Peregrina até à Igreja da Fajã do Penedo. Prevê-se, igualmente, uma largada de pombos antes da despedida.

No ano de 1948, data da primeira visita da Imagem Peregrina, todos se empenharam, sobremaneira, na preparação e na vivência de um acontecimento, que ainda hoje perdura na memória e no coração de quantos nele participaram. É com emoção e saudade que as pessoas de idade avançada recordam os 4 dias dessa visita, de grande densidade espiritual e de profundo sentido cristão nas suas vidas. Passados 61 anos, também faremos memória desse evento, através de uma exposição de fotografias dessa época, com alguns textos da Escritora Madeirense Graça Alves, que está a ser preparada em parceria com a Direcção Regional dos Assuntos Culturais, através do Museu da Imagem, a partir do acervo fotográfico das Casas Vicentes e Perestrellos. A exposição itinerante percorrerá os Centros Cívicos, Casas de Cultura, Salões Paroquiais e outras Instituições, de toda a Região, durante os 7 meses da estada entre nós da Imagem Peregrina.

A Inauguração da Exposição é no próximo dia 13 de Outubro, Terça feira, às 10.30h, no Átrio da Câmara Municipal do Funchal.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO ITINERANTE DA IMAGEM PEREGRINA COM FOTOS DE 1948 E TEXTOS DA ESCRITORA MADEIRENSE GRAÇA ALVES

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Com a presença do Senhor Bispo do Funchal D. ANTÓNIO JOSÉ CAVACO CARRILHO e do Presidente da Câmara Municipal do Funchal DR. Miguel Filipe Machado de Albuquerque

Na próxima Terça-feira será inaugurada a Exposição itinerante com fotos da viagem da Imagem Peregrina de 1948.

No ano de 1948, data da primeira visita da Imagem Peregrina, todos se empenharam, sobremaneira, na preparação e na vivência de um acontecimento, que ainda hoje perdura na memória e no coração de quantos nele participaram.

É com emoção e saudade que as pessoas de idade avançada recordam os 4 dias dessa visita, de grande densidade espiritual e de profundo sentido cristão nas suas vidas.

Passados 61 anos, também faremos memória desse evento, através de uma exposição de fotografias dessa época, com alguns textos da Escritora Madeirense Graça Alves, que está a ser preparada em parceria com a Direcção Regional dos Assuntos Culturais, através do Museu da Imagem, a partir do acervo fotográfico das Casas Vicentes e Perestrellos.

A exposição itinerante percorrerá os Centros Cívicos, Casas de Cultura, Salões Paroquiais e outras Instituições, de toda a Região, durante os 7 meses da estada entre nós da Imagem Peregrina.

HORÁRIO:     De 13 a 18 de Outubro:

Das 9h00 às 12h30
e das 14h00 às 17h30.

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA SOBRE A VISITA DA IMAGEM PEREGRINA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

QUINTA-FEIRA – 8 DE OUTUBRO ÀS 11H30 Paço Episcopal – Cúria

COM A PRESENÇA DO SENHOR BISPO DO FUNCHAL GABINETE DE INFORMAÇÃO COMISSÃO DA IMAGEM PEREGRINA

microfoneAtravés desta apresentação será comunicado todo o programa da Viagem da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Chegada e cerimónia de acolhimento. Inauguração de uma exposição itinerante da viagem da Imagem Peregrina de 1948 com abertura no dia 13 de Outubro; percorrerá todo o arquipélago. Mensagem. Agenda da visita pelas paróquias. Mensagem do Sr. Bispo.

domingo, 4 de outubro de 2009

Acolhimento da Imagem Peregrina em Assembleia Diocesana no dia 12 de Outubro


A Imagem chegará ao Aeroporto da Madeira no voo TP 1639, proveniente de Lisboa, com chegada prevista para as 18h55.
A Imagem é levada "em mãos" até ao exterior, em direcção ao Papa Móvel, que estará estacionado à saída do Canal Vip e que a transportará até ao Funchal. Fica pousada sobre uma mesa. No espaço do estacionamento da Zona Vip, concentrar-se-ão as pessoas. O Senhor Bispo saudará os presentes e entoar-se-ão alguns cânticos a Nossa Senhora.
A Imagem é então colocada no interior do veículo.
O Papa Móvel, com escolta policial, partirá em direcção à Praça do Município, seguido por um cortejo de carros.
Os Sacerdotes paramentam-se na Sacristia da Igreja do Colégio. Alva e estola branca.
Às 20h30 terá início a recitação do "Terço Vivo", encenado por jovens, seguido de procissão das velas até ao Adro da Catedral, ao longo do seguinte percurso:
Largo do Município - Rua Câmara Pestana - Avenida Zarco - Avenida Arriaga (faixa norte) - Rotunda do Infante (contornando-a pela esquerda) - Rua Cónego Jerónimo Dias Leite - Avenida das Comunidades Madeirenses ou Av. Do Mar (faixa norte, até ao Palácio de São Lourenço) - Subida na Avenida Zarco (até à estátua de Zarco) - Avenida Arriaga (sobre o passeio) - Adro da Catedral.
No Adro da Sé, teremos ainda alguns cânticos marianos e orações. Seguidamente, a Imagem Peregrina entra na Catedral, onde permanecerá até ao dia 18 de Outubro, Domingo.
No Domingo, 18 de Outubro, às 16h00, o nosso Bispo D. António Carrilho preside à Eucaristia, comemorativa também do Aniversário da Dedicação da Catedral, com a cerimónia de envio dos Catequistas e Professores de Educação Moral e Religiosa Católica.
Após a Missa, sensivelmente pelas 17h30, organizar-se-á uma caravana, também com a participação dos Associados do Clube de Motards da Madeira, que conduzirá a Imagem Peregrina até à Igreja da Fajã do Penedo. Prevê-se, igualmente, uma largada de pombos antes da despedida.



No ano de 1948, data da primeira visita da Imagem Peregrina, todos se empenharam, sobremaneira, na preparação e na vivência de um acontecimento, que ainda hoje perdura na memória e no coração de quantos nele participaram. É com emoção e saudade que as pessoas de idade avançada recordam os 4 dias dessa visita, de grande densidade espiritual e de profundo sentido cristão nas suas vidas.
Passados 61 anos, também faremos memória desse evento, através de uma exposição de fotografias dessa época, com alguns textos da Escritora Madeirense Graça Alves, que está a ser preparada em parceria com a Direcção Regional dos Assuntos Culturais, através do Museu da Imagem, a partir do acervo fotográfico das Casas Vicentes e Perestrellos. A exposição itinerante percorrerá os Centros Cívicos, Casas de Cultura, Salões Paroquiais e outras Instituições, de toda a Região, durante os 7 meses da estada entre nós da Imagem Peregrina.
FICHA TÉCNICA:Hino da Visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima à Diocese do Funchal

LETRA - Pe. GISELO ANDRADE

MÚSICA - Pe. IGNÁCIO FIGUEIRA RODRIGUES

GRUPO CORAL "FLORES DE MAIO" - PORTO DA CRUZ

ORGANISTA - JOÃO CALDEIRA

DIRECÇÃO ARTÍSTICA - VIRGÍLIO CALDEIRA

CAPTAÇÃO DE SOM e EDIÇÃO DIGITAL -JOÃO CALDEIRA

"Novo" Calendário da Visita da Imagem Peregrina

Paróq. de Fátima - Funchal - 12 e 13 Fev.

Hosp. Dr. João de Almada e Paróq. do Livramento - 12 e 13 de Fev. - Fotos de Carlos Cabral

Monte, Visitação e São Martinho - 7 a 11 Fev. - Fotos de Carlos Cabral

Paróquia da Nazaré - 5 a 7 Fev. - Fotos de Carlos Cabral

Mosteiro das Irmãs Clarissas - Caldeira

Serra de Água e Ribeira Brava - 9 a 13 de Dez. 09

São João - Rib. Brava - 7 a 9 de Dez. 09

Ad perpetuam memoriam - Bênção da Imag. de N. Senhora no Jardim junto à Igreja da Calheta - 20/11/09

Fotos da Visita da Imagem Peregrina em 1948 (7 a 11 de Abril)

Recepção e Acolhimento da Imagem Peregrina na Paróquia da Ponta do Pargo

Imagem Peregrina nas Achadas - 3 e 4 de Nov. 09

Estada e partida da Imagem Peregrina na Santa

Acolhimento da Imagem Peregrina na Paroquia da Santa com passagem pela Cap. dos Lamaceiros - 1/11/09

O dia/noite da despedida da Imagem Peregrina no Porto Moniz

A noite da chegada da Imagem Peregrina ao Porto Moniz

Imagem Peregrina nas Feiteiras

Mais fotos da Imagem Peregrina em São Vicente

Imagem Peregrina em São Vicente

Imagem Peregrina na Ponta Delgada 2

Imagem Peregrina na Ponta Delgada1

Imagem Peregrina na Boaventura

Imagem Peregrina na Fajã do Penedo

As palavras dos Adultos e os cânticos das Crianças na Inauguração da Exposição Itinerante

Mais Fotos de 12 de Out. 2009

Praça do Colégio 12 de Out. 2009

Conhecer mais da Mensagem de Fátima - "As memórias da Irmã Lúcia"