A igreja paroquial do Carvalhal encheu-se de fiéis na tarde do passado dia 29 de Novembro, para uma pequena celebração que assinalou a despedida da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima daquela pequenina paróquia.
Em ambiente festivo, bem patente nas ornamentações interiores e exteriores da igreja, e sempre com grande devoção mariana, aquela comunidade paroquial participou na breve cerimónia presidida pelo pe. António Paulo, pároco do Carvalhal, Canhas e Cristo Rei, a qual antecedeu a partida da caravana que levou a imagem da Virgem, primeiro até às proximidades do Monumento de Santa Teresinha e depois até à igreja dos Canhas.
Para trás ficaram o repicar dos sinos, as lágrimas de muitos devotos e os lenços brancos que alguns deles usaram para se despedir da imagem que ali pernoitou. Um facto que será recordado no futuro, graças a um painel de azulejos com a seguinte inscrição: “A 28-11-2009 na Igreja do Carvalhal pernoitou a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima na Sua viagem à Diocese do Funchal”.
Entre o Carvalhal e o Monumento de Santa Teresinha a Imagem percorreu caminhos engalanados com colchas, flores, tapetes, balões e velas numa sentida homenagem à Mãe de todos os homens. E foi precisamente junto ao monumento que decorreu uma missa campal. Uma grande manifestação de fé que juntou centenas de paroquianos os quais, ignorando o frio de fim de tarde e a chuva que ameaçava cair, acolheram com o calor dos seus corações e os seus “vivas” a Imagem Peregrina. Do céu, numa espécie de demonstração da sua alegria por ver tantos filhos ali reunidos, um raio de sol iluminou o início da eucaristia no decorrer da qual o Pe. António fez questão de sublinhar que a imagem da Virgem Peregrina vem «carregada de uma mensagem de Paz» e que «é essa Paz que nós queremos na nossa família, na nossa sociedade e no mundo inteiro». Daí o agradecimento à Mãe do céu, «por mais este dia, mais esta oportunidade de todos juntos, e à volta dela, agradecermos ao Pai».
Na sua homilia, para além de uma referência ao facto daquele ser o primeiro domingo do Advento, ou seja, de preparação para o nascimento do Salvador, o sacerdote aludiu ainda ao contentamento e à felicidade dos paroquianos ali presentes por poderem receber aquela que Jesus declarou, no Calvário, como sendo a Mãe de todos nós. Uma Mãe a quem devemos rezar todos os dias, como forma de agradecer essa “herança” que Jesus quis deixar a todos os homens, e que deve ser um caminho para crescer na fé, e um motivo de comunhão e de união. Uma união que deve começar na família, porque «se nós não tivermos famílias unidas e bem constituídas não poderemos ter paz, porque a célula da igreja, a célula da sociedade é a família». Daí o agradecimento ao Bispo do Funchal por esta vinda à Madeira da Imagem Peregrina e também à Mãe do céu por esta oportunidade «que temos de estar aqui juntos para louvar e bem dizer e para manifestar a nossa fé e o nosso amor a Maria Santíssima».
Sem se querer alongar, o sacerdote concluiu dizendo que durante esta visita da Imagem «todos e cada um de nós temos oportunidade de poder chegar ao pé da Mãe e agradecer, e ao agradecer a esta Mãe estamos a agradecer à mãe terrena e à família que nos gerou». Por fim um último apelo: «Que a Mãe do Céu nos ajude a preparar para vivermos o Natal na paz, na alegria e na solidariedade…para que possamos ajudar-nos uns aos outros. Não podemos ficar de braços cruzados, temos de estar vigilantes e atentos. Vamos por isso pedir ao Senhor que, nesta preparação para o Natal, nos livre de tudo aquilo que é lixo, tudo aquilo que é egoísmo, de tudo aquilo que é ódio dentro de nós, no seio da nossa família e da nossa sociedade».
Terminada a eucaristia a Imagem Peregrina foi conduzida até à igreja Paroquial dos Canhas. Mais um templo que se engalanou a rigor para receber a Imagem Peregrina, mas onde a fé e a devoção dos paroquianos, voltou a ser a nota dominante e a mais importante de todas as manifestações que têm marcado esta passagem pelas várias paróquias da Diocese do Funchal.
Luísa Gonçalves
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