O passado dia 4 de Novembro, foi um dia memorável para a freguesia da Ponta do Pargo e de todo o concelho da Calheta. Centenas de pessoas acorreram à Ponta do Pargo, numa atitude de fé para receber a imagem daquela que é a Medianeira entre Deus e os homens, a Mãe de toda a Igreja.
A noite estava calma, a atitude das pessoas vindas de todas as paróquias do arciprestado era de esperança. Aguardavam a chegada da Virgem entoando cânticos de louvor à Mãe do Céu, orientados pelo grupo coral da Ponta do Pargo.
Eis que uns foguetes anunciaram a sua presença entre nós e se dirigia para o local de encontro em procissão. Foi um momento de emoção a sua entrada na praça acompanhada pelo nosso Bispo, D. António Carrilho, os sacerdotes do arciprestado da Calheta, as entidades do concelho, os Movimentos Religiosos e demais Povo de Deus.
Nossa Senhora veio a Fátima pedir penitência e oração. Ela traz-nos uma mensagem de Deus que nos pede constantemente a conversão do nosso coração e da nossa vida. Ela está, neste momento, a percorrer a nossa terra com esta mesma mensagem. Vamos ao seu encontro com o desejo intenso de rezar, dizendo-lhe que com ela queremos ser Igreja no mundo actual, no nosso dia-a-dia, em família, em comunidade, pedindo à Virgem Maria a nossa conversão e a conversão do mundo. De facto, quando o nosso coração começa a mudar… já o mundo nos parece diferente. Nem podia ser de outro modo.
Nestes dias em que a sua imagem está entre nós tem sido grande a reunião das pessoas em seu redor, como sinal da sua grande devoção à Mãe de Deus e nossa mãe.
Maria ensina-nos a sermos puros e estarmos atentos a tudo quanto acontece à nossa volta. A sua pureza não está simplesmente no facto de ter permanecido virgem, revela-se, sobretudo, na pobreza e na humildade com que está diante do mistério de Cristo e da sua Igreja. Ela mostra a arte de ser serva, no modo como escuta e acolhe a Palavra e se oferece continuamente, sem condições e sem pedir nada em troca.
Do programa estabelecido para cada uma das paróquias foi dado primazia a este encontro com Maria, traduzido num encontro particular de cada um com Ela, tanto a nível particular, como pelos sítios ou a nível dos movimentos paroquiais. Para estes momentos foram todos convocados dos mais pequenitos até aos mais velhos.
Com um espaço reservado para a reza do terço pedido por Ela aos pastorinhos em Fátima, orientado pelas crianças da catequese ou por algum movimento da Igreja, foi sempre um dos momentos marcantes do acolhimento da imagem peregrina em cada uma das paróquias.
Outro aspecto que marcou a passagem da imagem por estas paróquias do concelho da Calheta, foi também o facto de em cada dia que a imagem peregrina estava numa paróquia os sacerdotes que aqui trabalham estarem sempre presentes nos diversos momentos celebrativos havidos em cada uma das comunidades: tanto na reza do terço, como nos momentos havidos de reconciliação de cada um com Deus e nas eucaristias de encerramento da passagem da imagem peregrina para outra paróquia.
A participação das pessoas no acompanhamento da imagem nestes momentos de passagem para outra paróquia foram sempre de grande adesão; recordando a cada um de nós, como membros da Igreja, a manifestação visível do grande amor que por nós tem o Senhor.
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