No JM de hoje,
DA IMAGEM PEREGRINA… E DE MIM
DA IMAGEM PEREGRINA… E DE MIM
Volto a ajoelhar as minhas palavras aos pés da Senhora que vem com a Imagem Peregrina. Volto a contar-lhe de mim ...e de uma terra que – eu sei – se preparará outra vez para a receber. Volto a acreditar nas pontes que esta visita vem construir. Volto a acreditar que lágrimas de luz ajudarão a cicatrizar as feridas que a vida foi abrindo, nas casas de cada um.
Temo-la, de novo, entre nós. Desta vez, a número 1, aquela de que falavam as avós; a mesma que as fazia chorar sempre que se lembravam dela; a mesma que o mar nos trouxe em 1948, a bordo do Lima, escoltado pela fome dos pescadores da altura.
Agradeço-lhe porque vivi para a receber outra vez. Agradeço-lhe a volta que a minha vida deu, num cruzar de olhares e de corações, entre mim e ela, numa noite iluminada de outubro de 2009.
Agradeço-lhe o que ficou dessa visita, os milagres, os silêncios, a oportunidade branca de olhar o meu tempo, como se voltasse a ser a menina que prendia os seus olhos nos da mãe e lhe pedia a mão para o caminho.
No peito desta terra, calcetada bem fundo, ficou a lembrança de uma igreja unida pela corrente do terço, a fazer do inverno, primavera, mesmo quando a montanha se despenhou no mar, num tempo de dores e de tragédias. No peito desta terra, guardadas no para sempre que dura a vida humana, ficaram as vozes que lhe pediram ajuda, as mãos que lhe tocaram o manto, os milagres que foi fazendo, no segredo calado de cada vida.
Despedi-me dela com as ilhas na voz. Durante sete meses, a Imagem Peregrina foi guiando os nossos passos, foi pegando ao colo as nossas dores e foram-nos levantando do chão. Despedi-me, sabendo que a Imagem ia, mas a Mãe, não.
A Senhora Peregrina volta agora. Outra vez. Mais uma vez. Vem acender a esperança do tempo da quaresma, em pleno Ano da Misericórdia, cruzando o seu olhar com o nosso e trazendo, outra vez, a mensagem de Fátima. Vem lembrar-nos a doçura das suas palavras quando, há cem anos, apareceu aos pastorinhos. Vem apresentar-nos o rosto misericordioso do Seu Filho.
Estarei lá para ela, também. Arrumo o meu coração, na preparação deste encontro. Em silêncio. No segredo de mim. Acreditando na luz que a Senhora Peregrina vem evocar. Pensando nela como o altar do Seu Filho. Pedindo-lhe que guie a minha vida pelo caminho da Misericórdia.
Estarei à espera dela. Neste ano da Misericórdia, a abrir a Quaresma, estou certa de que a Imagem Peregrina vai trazer a paz de que precisamos para sermos mais: mais doces, mais atentos, mais de Deus.
Graça Alves
Temo-la, de novo, entre nós. Desta vez, a número 1, aquela de que falavam as avós; a mesma que as fazia chorar sempre que se lembravam dela; a mesma que o mar nos trouxe em 1948, a bordo do Lima, escoltado pela fome dos pescadores da altura.
Agradeço-lhe porque vivi para a receber outra vez. Agradeço-lhe a volta que a minha vida deu, num cruzar de olhares e de corações, entre mim e ela, numa noite iluminada de outubro de 2009.
Agradeço-lhe o que ficou dessa visita, os milagres, os silêncios, a oportunidade branca de olhar o meu tempo, como se voltasse a ser a menina que prendia os seus olhos nos da mãe e lhe pedia a mão para o caminho.
No peito desta terra, calcetada bem fundo, ficou a lembrança de uma igreja unida pela corrente do terço, a fazer do inverno, primavera, mesmo quando a montanha se despenhou no mar, num tempo de dores e de tragédias. No peito desta terra, guardadas no para sempre que dura a vida humana, ficaram as vozes que lhe pediram ajuda, as mãos que lhe tocaram o manto, os milagres que foi fazendo, no segredo calado de cada vida.
Despedi-me dela com as ilhas na voz. Durante sete meses, a Imagem Peregrina foi guiando os nossos passos, foi pegando ao colo as nossas dores e foram-nos levantando do chão. Despedi-me, sabendo que a Imagem ia, mas a Mãe, não.
A Senhora Peregrina volta agora. Outra vez. Mais uma vez. Vem acender a esperança do tempo da quaresma, em pleno Ano da Misericórdia, cruzando o seu olhar com o nosso e trazendo, outra vez, a mensagem de Fátima. Vem lembrar-nos a doçura das suas palavras quando, há cem anos, apareceu aos pastorinhos. Vem apresentar-nos o rosto misericordioso do Seu Filho.
Estarei lá para ela, também. Arrumo o meu coração, na preparação deste encontro. Em silêncio. No segredo de mim. Acreditando na luz que a Senhora Peregrina vem evocar. Pensando nela como o altar do Seu Filho. Pedindo-lhe que guie a minha vida pelo caminho da Misericórdia.
Estarei à espera dela. Neste ano da Misericórdia, a abrir a Quaresma, estou certa de que a Imagem Peregrina vai trazer a paz de que precisamos para sermos mais: mais doces, mais atentos, mais de Deus.
Graça Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.